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Estiva Gerbi, SP, Brazil
Seja bem vindo! Sou catequista na Paróquia São José de Estiva Gerbi

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Material para Encontros Catequéticos CF 2012


1° Tema extra: Quaresma e Campanha da Fraternidade

1. Objetivos:
- Refletir o que é quaresma e como o cristão vive este período.
- Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.             
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo do Encontro:
- Criar um quadro com os 40 dias da quaresma, incluindo o dia da Páscoa. (ver modelo – após o aprofundamento)
- Distribuir pedaços de folhas coloridas (15 cm X 10 cm) para os catequizandos, que deverão dobrar ao meio.
- Colar os pedados dos papéis em um papel cartão, colocando os quarenta dias da quaresma.
3.  Desenvolvimento do Tema:
- Ler com os catequizandos o texto da apostila, explicando passo a passo sobre a Quaresma.
- Fazer em conjunto com a classe o registro da semana – escrever em cada quadrinho uma atitude, uma boa ação que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
- Combinar em cada encontro as ações da semana.
- Para explicar sobre a fraternidade, a solidariedade, contar a história – A pomba e a formiga.
Às margens de um riacho cristalino, uma pomba bebia água, quando viu uma formiga no meio da correnteza. Em vão a formiga se esforçava par alcançar a margem. Então, a pomba jogou na água um raminho de mato, e a formiga conseguiu agarrar e se salvar.
Nesse mesmo tempo, passava um caçador que, ao ver a pomba, pensou em abatê-la. Ficou imaginando o belo prato de pomba assada. Quando se preparava para atirar, sentiu uma picada no calcanhar. O caçador abaixou-se para ver o que o tinha picado. Era a formiga, a mesma que tinha acabado de ser salva pela pomba! Bem depressa, a pomba aproveitou para fugir da mira do caçador. Quando este olhou de novo para o rio, seu almoço tinha desaparecido.
Comentar a história:
- Quando é que eu ajo do mesmo jeito que a formiga?
- Quando é que sou pomba?
- Quando sou caçador?
- Quem foi solidário e fraterno?
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
- Tema: Fraternidade e Saúde Pública
- Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38, 8).
- A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a campanha nos pede para olharmos para a nossa saúde e a de nossos irmãos e perceber que as nossas atitudes podemos mudar para contribuir para melhorar a nossa saúde.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia –  Lc 10, 29-37
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem cartaz da Campanha da Fraternidade.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz da CF/12, cartolina e folhas cortadas 7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de Oração –  orientar a escrita da oração da apostila.

APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Introdução
A Campanha da Fraternidade de 2012 mobiliza os catequizandos a contemplarem a vida como um dom  de Deus e para a compreensão de que o cuidado com a saúde depende de uma  alimentação saudável, da prática de esportes, das ações de prevenção, do cuidado com o corpo, a mente e o espírito.
A Igreja propõe como tema da Campanha deste ano:  A Fraternidade e  a Saúde Pública, como lema:  Que a Saúde se difunda sobre a terra (Eclo. 38,8). Deseja assim sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs
que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.
A Igreja, nessa Quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da saúde
pública e levar os discípulos missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento, na morte. Levá-los, ao mesmo tempo, a exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à saúde.
O Sistema Único de Saúde – SUS , inspirado em belos princípios como o da universalidade, cuja proposta é atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo. No entanto, ele ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados desses serviços.
Entendendo ser um anseio da população, especialmente da mais carente, um atendimento de saúde digno e de qualidade, a Campanha da Fraternidade 2012 aborda o tema da saúde, conforme os objetivos a seguir propostos.
Objetivo Geral:
Refletir a realidade da saúde no Brasil, em vista de uma vida saudável, mobilizando o espírito fraterno e comunitário das pessoas, na atenção aos enfermos e na busca por melhoria no sistema público de saúde.

Objetivos  Específicos:
1. Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável, em detrimento dos que comprometem a boa saúde;
2. Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e integração na comunidade. Organizar este serviço nas comunidades que ainda não despertaram para esta exigência evangélica;
3. Alertar para a importância da organização da Pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe.
4. Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, bem como sua estreita relação com os aspectos socioculturais de nossa sociedade;
5. Despertar, nas comunidades, a discussão sobre a realidade da saúde pública, levá-las ao acompanhamento da prática da cidadania no trato da causa pública e à exigência de qualificação dos gestores da área da saúde;
6. Estimular e fortalecer a mobilização popular em defesa do SUS e de seu justo financiamento, orientando a comunidade sobre seus direitos e deveres em relação ao sistema de saúde como a participação nos espaços de
controle, fiscalização e deliberação das políticas públicas de saúde. 

Saúde e Doença  - dois lados da mesma realidade
A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as ciências não se encontram em condições de oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo a aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as enfermidades, o sofrimento e a morte apresentam-se como realidades duras de serem
enfrentadas e contrariam os anseios de vida e bem-estar do ser humano.
Nas línguas antigas é comum a utilização de um mesmo termo para expressar os significados de saúde e de salvação. Na língua grega,  soter e aquele que cura e ao mesmo tempo é salvador. Em latim, ocorre a mesmo com  salus. Verifica-se o mesmo em outras línguas. Certamente, a convergência destes significados para um único termo é reflexo da dura experiência existencial diante destes fenômenos e a percepção de que o doente necessita ser curado ou salvo da moléstia pela ação de outrem.

Saúde e salvação para a Igreja
A experiência da doença mostra que o ser humano é uma profunda unidade pneumossomática.
Não é possível separar corpo e alma. Ao paralisar o corpo, a doença impede o espírito de voar. Mas  se, de um lado, a experiência é de profunda unidade, de outro, é de profunda ruptura. Com a doença passamos a perceber o corpo como um 'outro', independente, rebelde e opressor.
Ninguém escolhe ficar doente. A doença se impõe. Alem de não respeitar nossa liberdade, ela também tolhe nosso direito de ir e vir. A doença é, por isso, um forte convite à reconciliação e à harmonização com nosso próprio ser.
A doença é também um apelo à fraternidade e à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com a doença, escancara-se diante de todos nossa profunda igualdade. Diante de tal realidade, a atitude mais lógica é a da fraternidade e da solidariedade.
A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade. Nesse sentido, o Guia para a Pastoral da Saúde, entendendo que a saúde é uma condição essencial para o desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta algumas exigências para sua melhoria:
a. articular o tema saúde com a alimentação; a educação; o trabalho; a remuneração; a promoção da mulher, da criança, da ecologia, do meio ambiente etc.;
b. a preocupação com as ações de promoção da saúde e defesa da vida, que respondem a necessidades imediatas das pessoas, das coletividades e das relações interpessoais. No entanto, que estas ações contribuam para a
construção de políticas públicas e de projetos de desenvolvimento nacional, local e paroquial, calcada em valores como: a igualdade, a solidariedade, a justiça, a democracia, a qualidade de vida e a participação cidadã.

Contribuições recentes da Igreja para a Saúde no Brasil
Em mais uma manifestação da preocupação da Igreja com a realidade social da população, em 1981, a Campanha da Fraternidade: “Saúde e Fraternidade” apresentou o lema: “Saúde para todos”. A Campanha contribuiu para a reflexão nacional do conceito ampliado de saúde. Na época o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem
para a Campanha, que a “boa saúde não é apenas ausência de doenças: é vida plenamente vivida em todas as suas  dimensões pessoais e sociais. Como o contrário , a falta de saúde, não é só a presença da dor ou o mal físico. Há tantos nossos irmãos enfermos por causa inevitáveis ou evitáveis, a sofrer, paralisados, à beira do caminho, à espera
da misericórdia do próximo, sem a qual jamais poderão superar o estados de semimortos”.
A discussão sobre a saúde foi retomada na CF de 1984, como tema Fraternidade e Vida e o lema
“Para que todos tenham vida”, partindo da citação bíblica:  “pois eu estava com fome e me deste de
comer,... doente, e cuidaste de mim” (Mt 25, 35-36). Esta Campanha buscou ser um sinal de esperança para as comunidades cristãs e para todo o povo brasileiro, a fim de que, em um panorama de sombras e de  atentados à vida, sentissem a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o pecado e a morte, reforçando os princípios norteadores da valorização da vida, do início até o seu fim.
Tais iniciativas constituem marcos importantes da ação da Igreja, tanto no campo da saúde como no da saúde pública, em nosso país. 
Por ser amplo o leque destas atividades, com satisfação identificam-se ações pastorais, próprias do múnus eclesial, que resultam em contribuição da Igreja para o cumprimento das “Metas do Milênio” com as quais o governo
brasileiro comprometeu-se perante a comunidade internacional, mobilizando diretamente seus vários setores:
“Metas do Milênio” propostas pela ONU (Organização das Nações Unidas) com objetivos a serem alcançados até 2015:
- Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome;
- Educação básica de qualidade para todos;
- Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres;
- Redução da mortalidade infantil;
- Melhoria da saúde materna;
- Combate a epidemias e doenças;
- Garantia da sustentabilidade ambiental; Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento.

Doença e saúde no Antigo Testamento
A bíblia hebraica, já nas primeiras páginas, apresenta a origem do mal e do sofrimento, mas descartando qualquer possibilidade de participação divina. No decorrer da caminhada do povo hebreu, outros conceitos e outras
justificativas foram sendo desenvolvidas a respeito da doença e do sofrimento, que passaram a ser vistos como conseqüência do pecado e da desobediência. Assim a preservação da saúde mais do que a cura da doença, era obtida pela observância da Lei de Deus.
Porém, quem não a observa terá a maldição, a infelicidade, as doenças e a opressão (cf Dt 28, 15ss).
A doença é vista como castigo de Deus ao pecado do ser humano, por isso, somente eliminando a causa da doença, ou seja, o pecado, pode-se obter novamente de Deus a saúde.
Houve, um tempo, que entre os judeus piedosos, o fato de recorrer a médicos era visto como falta de fé no Deus vivo e verdadeiro, pois a doença era compreendida como forma de punição por parte de Deus.
O livro do Eclesiástico considera a doença como o pior de todos os males (cf 30, 17), um mal que faz perder o sono (cf 31, 2). O povo judeu entendia que a falta de saúde estava intimamente ligada com a culpa, o pecado. A cura para as doenças deveria ser obtida, em primeiro lugar, pela oração (cf 2Sm 12, 15-23).

Saúde e doença no Novo Testamento
O capítulo nono do Evangelho de São João relata o encontro de Jesus com um cego de nascença (cf Jo 9, 1-41). De acordo com o relato, são os discípulos que, em primeiro lugar, percebem a presença do cego e propõem uma questão a Jesus.
A dúvida dos discípulos é de ordem teológica:
“Quem pecou para ele nascer cego?” Teria o homem pecado ou teriam sido seus pais (cf Jo 9, 2) .
A resposta de Jesus é clara: “nem ele, nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para se manifestarem nele as obras de Deus” (cf Jo 9, 3).
Cristo interrompe a tradição de vincular doença e pecado e oferece aos discípulos, aos fariseus, aos judeus e familiares do cego e ao próprio cego uma catequese sobre sua missão. Jesus apresenta-se como “luz do mundo” e luz que se manifesta pelas obras que realiza. Essa experiência permite que o próprio cego se transforme em discípulo.
O anúncio da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré inclui “a recuperação da vista aos cegos” (cf Lc 4, 18). No entanto em toda ação de Jesus, percebemos inúmeros gestos de quem está preocupado em recuperar a saúde. Não apenas no aspecto biológico, mas promover o ser humano para ter uma vida digna, saudável e reintegrada à
sociedade, porque a doença significava a exclusão social. Diz o evangelho: “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (Mt 4, 23).
Com sua ação evangelizadora, Jesus não apenas cura os doentes, mas resgata o ser humano para o meio da sociedade, dando-lhe dignidade e apresenta uma nova forma de relacionar-se com as pessoas necessitadas. O Novo Testamento é repleto de relatos de Jesus curando os doentes, os quais testemunham que a ação salvífica de
Jesus também acontecia em suas intervenções no cuidado e atenção com os que sofrem.
A parábola do Bom Samaritano nos lembra a condição da fragilidade humana a que todos estamos condicionados desde a criação. Mas indica que os seguidores de Jesus devem descobrir a importância do cuidado. A fragilidade
somente se cura mediante a proximidade daquele que se dispõe a cuidar do debilitado. Cuida-se da própria vulnerabilidade quando se consente a proximidade do outro.
O samaritano é aquele que em face da necessidade  do outro a assimila e se deixa transformar por ela. Não só porque cuida do ferido e lhe dá abrigo, mas porque o faz em prejuízo dos seus próprios planos iniciais.
Esta atitude é revelada nos sete verbos desta parábola e indica um modo de ser diante do outro, que pode iluminar o engajamento da Igreja e dos cristãos no campo da saúde pública:
a) VER – a primeira atitude do samaritano que descia pelo caminho foi enxergar a realidade.
Não ignorou a presença de alguém caído, de alguém que teve seus direitos violentados e que se encontro à margem da estrada.
b) COMPARECER-SE – a percepção da presença do caído conduziu o samaritano à atitude de compaixão. Ele deixou-se afetar pela presença do violentado que jazia quase morto. A compaixão desencadeou as demais atitudes tomadas pelo Samaritano.
c) APROXIMAR-SE – ao contrário dos que antecederam, o viajante estrangeiro aproximou-se do caído, foi ao seu encontro, não passou adiante.
No homem assaltado, ferido, necessitado, reconheceu seu próximo, apesar de muitas diferenças entre ambos.
d) CURAR  – a presença do outro exige cuidado. A aproximação, a compaixão não são simplesmente sentimentos benevolentes voltados ao outro. Elas se tornam obra, se transformam em ação que lança mão dos elementos que tem disponíveis para salvar o outro.
e) COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL  –colocou a serviço do outro os próprios bens. Não temeu disponibilizar ao desconhecido ferido tudo o que dispunha: seu meio de transporte, o que trazia para seu próprio cuidado e seu dinheiro.
f) LEVAR À HOSPEDARIA  – mudou seu itinerário e acabou mobilizando e envolvendo outras pessoas. Nem sempre conseguimos responder a todas as demandas, mas podemos mobilizar outras forças para atender e cuidar de
quem sofre.
g) CUIDAR  – esse é o sétimo verbo e expressa o conjunto da intervenção do samaritano. Trata-se de um cuidado coletivo, que envolveu outros personagens, recursos financeiros, estruturas que o viajante, não dispunha e o compromisso de retornar. A razão do retorno é que agora ela incluía outra pessoa, um compromisso que não estava planejado no início da viagem, mas não pode mais ser ignorado, cuidar passa a ser uma missão.
A figura do bom samaritano assume a condição de modelo para a ação evangelizadora da Igreja no campo da saúde e no campo da defesa das políticas públicas.

Unção dos Enfermos, sacramento da cura
O sacramento da unção dos enfermos é compreendido no âmbito da missão salvífica da Igreja, ou seja, no contexto do ministério de cura que toda Igreja exerce junto aos enfermos. A unção não é um sacramento pontual e isolado, que se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a um moribundo totalmente inconsciente. Pelo contrário, é um sacramento eclesial que, além de comprometer toda a Igreja, é também o ápice de um processo em favor e a serviço dos irmãos enfermos de uma comunidade. Faz parte do ministério de cura que atualiza e significa a presença do Reino no hoje das pessoas.
Por ser um serviço de toda a Igreja, compromete todos na comunidade: o próprio doente em atitude plenamente ativa de identificação com Jesus Cristo, de  aceitação da própria debilidade e de contribuição para o bem
do povo de Deus e a salvação de todo o mundo; de todos os crentes em atitude de amor e presença junto aos pobres e doentes; dos religiosos, fazendo presente no mundo a pessoa de Cristo que se preocupa e cura os doentes; dos presbíteros cujo ministério exige deles, não só a visita, a atenção e a animação dos doentes, mas também a visibilidade da presença viva do Senhor que unge, cura e salva; dos bispos que precisam, num trabalho de coordenação pastoral e evangelizadora, mostrar que os doentes não são seres passivos, mas comprometidos com o Corpo de Cristo.
É pena que, na mentalidade comum dos fiéis e até mesmo dos agentes de pastoral, o sacramento da unção dos enfermos ainda não tenha se desconectado suficientemente de sua relação com a morte. Este passo, no entanto, precisa ser dado.
Todos precisam ter muito claro que o sacramento da unção dos enfermos já não é mais nem sacramento que consagra a morte nem preparação imediata para a eternidade. Pelo contrário, é o sacramento que consagra uma situação de vida, ou seja, uma situação de doença, confiando ao doente a missão de completar, no próprio corpo, o que falta à paixão de Cristo.

A Pastoral da Saúde
A Pastoral da Saúde que representa a atividade desempenhada pela Igreja no Setor da Saúde, é expressão de sua missão e manifesta a ternura de Deus para com a humanidade que sofre. A Igreja, ao meditar a parábola do bom
samaritano (cf Lc 10, 25-37), entende que não é licito delegar o alivio do sofrimento apenas à medicina, mas é necessário ampliar o significado desta atividade humana.
No Brasil esta Pastoral conta com 80 mil agentes voluntários. Seu objetivo é promover, educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e celebrar a vida ou promover ações em prol da vida saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando presente no mundo de hoje, a ação libertadora de Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito
nacional e de referência internacional.

Como as famílias podem colaborar para a saúde se difundir
 A família ocupa o lugar primário na humanização da pessoa e da sociedade. Por isso é chamada a ser uma comunidade de saúde, a educar para viver bem, a promover o bem estar de seus membros e do ambiente que a cerca. É importante recuperar a família como colaboradora essencial no cuidado e no acompanhamento de seus membros. Vários dos condicionantes e determinantes da saúde dependem da adesão das  famílias e da educação prática das crianças.
Seguem algumas propostas de ação concreta para esta esfera:
a) Incentivar o cuidado pleno aos extremos da vida (criança e idosos), buscando atendimento digno, humano e com qualidade nos serviços de saúde, nos três níveis de governo;
b) Garantir que a prevenção avance para além da informação. É necessário visar não só ao bem estar individual, mas também ao familiar e ao de todos, através de ações educativas abrangentes;
c) Buscar a sensibilização e a mobilização de familiares e amigos quanto à ações básicas de prevenção e promoção da saúde,como manter o cartão de vacinas atualizado;
d) Estimular a doção e a manutenção de padrões e estilos de vida saudáveis e a abolição de hábitos inadequados de vida. Até reeducação alimentar e incentivo à atividade física regular;
e) Estimular o uso dos serviços de saúde, de forma consciente, organizada e cuidadosa, visando à otimização de recursos públicos;
f) Estimular a disseminação do conceito de que a prevenção ao uso de drogas é de responsabilidade de todos, ou seja, pais, professores, empresários, líderes comunitários, sindicatos, igrejas e autoridades.
g) Incentivar e difundir programas de coleta seletiva e de reciclagem, no suporte a projetos de pesquisa na área ambiental e no estímulo de práticas sustentáveis, divulgadas em empresas, escolas e comunidades.
Fonte: Texto Base da Campanha da
Fraternidade 2012, CNBB, Brasília – DF.

·         Marque neste quadro as boas atitudes da QUARESMA 

SEG
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SEX
SAB
DOM


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25/03

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29/03
30/03
31/03
01/04

02/04
03/04
04/04
05/04
06/04
07/04
08/04
















2° Tema extra: Quaresma e Campanha da fraternidade
1. Objetivos:
Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e
comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.             
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo  do Encontro: Tema e lema da Campanha da Fraternidade 2012.
3. Desenvolvimento do Tema:
- Fazer em conjunto com a classe o registro da semana –escrever em cada quadrinho uma atitude, uma boa ação
que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
- Utilizar uma das dinâmicas propostas no Apêndice no final da Apostila, conforme a idade.
- Para explicar sobre a fraternidade, a dignidade da pessoa humana e a cidadania, contar a história
 A águia e a galinha.
Era uma vez um camponês que pegou um filhote de águia e o colocou no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista e, enquanto passeavam ele viu á águia e disse:
- Esse pássaro aí não é galinha, mas uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia, mas eu criei como galinha.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é, e sempre será uma águia. Pois tem coração de águia. Esse coração a fará um dia voar às alturas.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou  uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente.
Por mais uma vez ele experimento e a águia voltou para junto das galinhas.
No dia seguinte, o naturalista pegou a águia e a levou para o alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto, na direção do sol e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida, mas o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto.
Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento... (Leonardo Boff)

Comentar a história:
- Como será que Deus nos criou?
- Somos águias ou galinhas?
- Ou será que somos as duas juntas?
- É possível viver a condição “galinha”, satisfatoriamente nos dias de hoje?
- Como a condição “águia” pode ajudar para termos mais qualidade de vida?
- Pense:

- Características que predominam em cada condição:
1.  Galinha: alimentação, moradia, ir à escola, praticar esportes, hábitos de higiene, trabalho,
cuidado com o meio ambiente (mostrar figuras para ilustrar)
2. Águia: capacidade de amar, a busca por Deus, amor ao próximo, superar dificuldades, coragem
para arriscar, persistência, sinceridade, realizar a vocação, buscar a felicidade.
3. Reflexão: Observando a águia e a galinha, o que concluímos? Agimos, somos apenas como uma
delas? Ou as duas condições são essenciais para a realização humana?
4. Concluir: cada pessoa tem dentro de si uma águia. Busca as alturas, o sol; foi feita para grandes ideais e os grandes sentimentos. Muitas vezes, porém, fica presa a coisas como uma galinha ciscando no galinheiro. Não nascemos só para cuidar de comida, roupa... As duas condições são essenciais para a realização humana. Criados à imagem e semelhança de Deus, temos que buscar sempre a perfeição, a nossa conversão, mas sempre sabedores de nossa pequenez.
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
- Tema: Fraternidade e a Saúde Pública
- Lema: “Que a saúde se difunda sobre a Terra”. 
- Ler Lc 10, 29-37 – A parábola do Bom Samaritano 
- Comentar que o cartaz atualiza este encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita de cuidado. A mão do profissional da saúde, segurando as mãos da pessoa doente, afasta a cultura da morte e visibiliza a acolhida entre irmãos (o próximo). A cruz recorda a salvação que Jesus Cristo nos conquistou. A alegria do encontro recorda aos profissionais da saúde que foram escolhidos para atualizarem a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos, para possibilitar atendimento digno, para que a saúde se difunda sobre a Terra. 
- Todos os seres humanos são irmãos porque são filhos de Deus. Ser irmão é ser fraterno. Como irmãos, precisam se ajudar uns aos outros. Isso é fraternidade.
- A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a Campanha deseja sensibilizar a todos a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.
- A Igreja, nessa quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da Saúde Pública e levar os discípulos-missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento e na morte. E, ao mesmo tempo, exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à saúde.
- O samaritano faz o papel de Jesus, movido pela compaixão diante de um acontecimento da vida, do dia a dia. O desafio para fazer o bem surge quando menos se espera. Jesus pede que olhemos para a realidade, para a vida. Com sua graça, vamos converter nossa vida procurando “Ter em nós os mesmos sentimentos que animavam Jesus”. (Fl 2,5).
- É hora de assumir compromisso, ver o que o texto nos leva a viver. O Evangelho de Lucas nos mostra que nem todos que conhecem a Bíblia são os que a praticam, são os melhores exemplos.
- Que compromisso vou assumir, qual gesto concreto essa parábola despertou em mim? Como vou ser “o próximo” de pessoas que precisam de ajuda?
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia –  Lc 10, 29-37
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem, cartaz da Campanha da Fraternidade, figura de uma águia e de uma galinha.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz da CF/12, cartolina e folhas cortadas
7. Atividades: orientar as atividades da apostila
8. Momento de Oração: Rezar a oração da Campanha da Fraternidade (na apostila).

APROFUNDAMENTO PARFA O CATEQUISTA
Ler o Texto-Base da Campanha da Fraternidade – 2012 e participar das formações oferecidas pela
Diocese e pela ParóquiaI

Dinâmicas - PARA FALAR DE SAÚDE
- Apresentar duas rosas (ou outra flor) aos catequizandos, uma murcha, despetalando e outra bonita,
cheia de vida, saudável.
- Estas duas flores, nos mostram a doença e a saúde. Para vocês o que é saúde? ( as respostas vão girar
em torno de: não ter doença, dor, estar forte etc).
- Completar o conceito de saúde que vai além da ausência de doenças:
- “Saúde é um processo harmonioso de bem estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a
ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou,
de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre.”.
- “A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre
personalidade e responsabilidade”.
- Se fôssemos escolher uma destas flores para oferecer a alguém, qual seria? A bonita, claro! Não
oferecemos aquilo que julgamos que não agrada. Não nos doamos, se não gostamos de nós mesmos.
- Deus criou o homem e a mulher à sua imagem, deu-nos dignidade de filhos, de pessoa humana com
capacidade de amar. É ponto de partida para amar, descobrir o próprio valor, viver a dignidade e
proclamá-la a toda pessoa. Esta é a força capaz de estabelecer relacionamentos fraternos, solidários,
que  a CF nos propõe. Ela quer suscitar o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos
enfermos e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde.

ORAÇÃO DOS BONS PROPÓSITOS
- Distribuir aos catequizandos, saches de açúcar (ou providenciar um açucareiro com uma colherinha).
- Dispor de um recipiente com água, outro com gelo, suco em pó ou um copo de concentrado.
- Em clima de celebração e oração, lembrar aos catequizandos que podemos fazer um mundo melhor:
“remediar”, com bons propósitos, as situações de sofrimento, dor, doença, mal estar. Para isso peçamos
a Jesus que nos ajude a modificar nosso comportamento e nossas ações em prol da nossa saúde.
- À medida que cada um for fazendo seu “propósito”, pedir que coloque seu “ingrediente” na jarra que
está sobre a mesa. Os propósitos devem se manifestados em voz alta, como orações. Por exemplo:
- “Jesus dê-me forças para controlar a vontade de comer doces, chocolates, refrigerantes em
excesso.”
- “Jesus ajude-me a dominar a preguiça e fazer mais exercícios físicos.”
- “Jesus fortaleça-me para não cair na tentação de colocar em risco minha saúde, colocando-me em
situações de risco: drogas, álcool, brincar com fogo, objetos cortantes, etc.”
- Criar mais situações como: expor-se ao frio sem agasalho; não escovar os dentes; ver TV em excesso;
usar em demasia a internet, o telefone celular; jogar demais videogame; dormir muito tarde, etc.
- Depois que todos colocarem na jarra suas “orações”, acrescentar a água, mexer o suco e distribuir um
copo para cada um.

DINÂMICA: “SEGURA...NÃO DEIXA CAIR!”
- Formar um círculo com os catequizandos: distribuir para cada um uma papeleta em que esteja escrito
um dos “males” (doenças), relacionados abaixo. Pedir para não contarem uns aos outros o que está
escrito no papel. A papeleta ‘gripe’ deve ser repetida cinco ou mais vezes, dependendo do número de
participantes (colocá-la para um terço das pessoas).
- Os participantes engancham os braços  uns nos outros, formando uma espécie de corrente, evitando
que alguém caia.
- No meio do círculo fica o “doutor”, a pessoa que vai conduzir a brincadeira. O “médico”  lê um dos
diagnósticos (sugestões abaixo). A pessoa que estiver com a “doença” correspondente amolece o corpo
para cair, como se fosse um desmaio. As duas pessoas que estão ao seu lado, a seguram para não deixá-
la cair. Se a pessoa cair, ela morre...
- Depois de ser amparada, a pessoa ‘doente’ volta o corpo ao normal. Assim o médico vai lendo os
diagnósticos até chegar a doenças de maior incidência, por exemplo, a gripe ou a dengue. Como há
várias pessoas com esta “doença”, muita gente vai “cair” ao mesmo tempo e o círculo vai se
desmantelar. Torna-se difícil segurar, portanto é preciso envolver mais pessoas, organizar toda a
sociedade. Ao final, estabelecer uma ligação entre o que ocorreu no círculo com o que está
acontecendo com a saúde pública.
- Após a execução da dinâmica, deixar que os participantes falem sobre o que sentiram.
- Como se sentiram ao serem taxados de “doentes”? Como viram a doença que cada um recebeu?
- Comentar da importância de ter alguém que segure e dê apoio num momento em que tudo parece que
vai desmoronar, cair.
- Como foi estar atento ao outro, cuidar do problema do outro?
- Como é a dificuldade de apoiar, quando há grande o número de doentes? Salientar a importância da
prevenção, de não deixar a doença se espalhar, dos cuidados com o corpo e o ambiente.
- Concluir falando da importância da presença, da solidariedade, da compaixão junto àqueles que sofrem.

DOENÇAS:
Gripe, doenças do pulmão, dengue, hipertensão, diabetes, problemas renais, anemia, obesidade,
colesterol alto, dependência química (drogas), alergia, dores de ouvido e cabeça, gengivite, cáries e placas
nos dentes. (Podem ser acrescentadas outras doenças com os respectivos diagnósticos).
DIAGNÓSTICOS:
- Exposição ao ar frio (mudanças climáticas) e contato com pessoas doentes, não lavar as mãos. (gripe)
- Poluição do ar contato com fumantes ou fumar. (doenças do pulmão)
- Falta de cuidado com os quintais e os vãos de plantas, deixando água parada. Falta de higiene. (dengue)
- A pessoa não cuida da alimentação, ingere alimentos gordurosos e não saudáveis, não pratica
exercícios físicos. (hipertensão)
- Há pessoas diabéticas em sua família, mas a pessoa nunca fez exames preventivos. Não se alimenta
com alimentos saudáveis. Consome doces em excesso. (diabetes)
- A pessoa não toma água várias vezes ao dia. Não cuida da alimentação. Ingere muito sal. (problemas renais)
- Faltam em sua alimentação frutas, verduras e outros alimentos saudáveis. (anemia) Consome alimentos muito calóricos, tipo salgadinhos (chips), refrigerante. Não faz exercícios físicos. (obesidade)
- Não se alimenta corretamente, abusa de alimentos gordurosos e de doces. (colesterol alto)
- A pessoa deixou-se levar por falsos amigos e acabou experimentando drogas. (dependência química)
- A pessoa se expõe ao ar poluído. Freqüenta ambientes poluídos, sujos, com muita poeira. Consome
alimentos contaminados. Não cuida devidamente da higiene pessoa. (alergia)
- A pessoa ouve música em volume demasiadamente alto, freqüenta ambientes com poluição sonora.
(dores de ouvido e de cabeça)
- A pessoa não escova os dentes. Consome doces exageradamente, sem fazer a adequada higiene
bucal. (gengivite, placas bacterianas, cárie)


UM OLHAR SOBRE A REALIDADE
MATERIAL: uma folha de cartolina, desenho do contorno de uma grande mão, pintado de marrom,
que servirá para ser a raiz e o tronco da árvore / fita crepe ou cola / várias tesouras / folhas em branco
para todos / lápis de cor verde e amarelo (para pintar folhas).
Distribuir, para cada um, uma folha de papel em branco e lápis de cor.
Pedir para desenhar o contorno de uma das mãos com os dedos ligeiramente abertos, pintar de verde
e recortar.
Pedir que coloquem, num canto, o próprio nome e que, no meio da mão desenhada, escrevam: SAÚDE.
Após a confecção das mãos, o catequista apresentará ao grupo o desenho do contorno da grande mão
(como se fosse a raiz de uma árvore) e pergunta:
De quem pode ser essa mão? (deixar a pergunta no ar).
Quando estudamos os povos, desde as mais antigas civilizações, encontramos sempre o assunto
saúde e doença, misturado com religião. Deuses, demônios, maus espíritos, magia... (TB, 09) aparecem com
explicação para a dor, a morte, os sofrimentos de modo geral. Por exemplo, no caso dos indígenas
brasileiros, quem era o “médico” da tribo? O pajé.
E nós? O que pensamos sobre a existência do mal, da doença? São castigo de Deus? Ele é o culpado?
(deixar que falem, discutam, sem responder diretamente às indagações).
Então, nossas mãos não podem fazer nada? O que será que depende de nós?
Em que os povos da Bíblia acreditavam? Vamos descobrir, pesquisando na Bíblia.: Dt 28, 1-2; Dt 28,
15-20; 2Cr 16, 7; 2Cr 16, 12-13.
Após a leitura, concluir com rápidas palavras. O livro do Deuteronômio apresenta saúde como bênção
e doença como maldição, devido ao pecado, ao afastamento de Deus. Nas Crônicas, todos eram
dependentes do Senhor. Procurar ajuda de um médio em lugar de Deus, era derrota na guerra e morte
certa. Como em Deuteronômio, a Bíblia aqui nos fala de castigo de Deus.
Vamos ler no livro de Eclesiástico, como instrui sobre saúde e doença – Eclo 38, 1-15 – Este texto
realça a importância da saúde, de se ter os meios para que a saúde se difunda sobre a terra, que é o nosso
lema nesta Campanha da Fraternidade. Mas logo a seguir, pede que se recorra ao Senhor e evite o pecado.
Vimos a força, o peso do pecado em todas essas leituras. Mas será que Jesus mostrou o outro lado da
moeda, o outro lado dessa mão? Como Ele viu a doença?
Na cartolina com a mão marrom desenhada, formar uma árvore, tendo essa mão como raiz. (modelo
abaixo)
Cada catequizando coloca a mão que desenhou e recortou, formando as folhas da árvore, conforme
uma sequência pré- determinada. Deus nos criou por amor para sermos felizes. Tudo que Ele fez mostra quem Ele é. Mas nossos primeiros pais recusaram a amizade com o Pai Criador e, pela desobediência, o pecado entrou na vida das pessoas. Com o pecado veio a dor, a morte. Deus, em sua infinita bondade, enviou seu Filho Jesus para
salvar a humanidade. Ao morrer na cruz, Ele funda a igreja para continuar a oferecer a salvação. A Igreja
somos nós, todos os batizados. Formamos o Corpo de Cristo. Jesus não tem outras mãos, a não ser as
nossas, para construir o mundo como Deus quer. E Deus não quer sofrimento. O que podemos levar aos
outros com nossas mãos? Como podemos agir em prol da saúde?
Orientar os catequizandos para pensar num gesto concreto: visitar um doente, consolar um amigo que sofre, fazer doação de medicamentos, alimentos, fraldas, ouvir um idoso em suas aflições, rezar pelos que sofrem.
Ao som de uma música (da CF-2012 ou outra), colar na cartolina as mãos que confeccionaram, como se fossem folhas e galhos da árvore. Ao terminar todos juntos dão as mãos e pedem: “QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA!”

Modelo da árvore: podem ser escrito, na “raiz-tronco”, os nomes dos santos que dedicaram suas vidas ao atendimento e ao conforto dos doentes: São Camilo, São João de Deus, Santa Paulina, Beata Ir. Dulce, São Galvão (cf. TB, 221)


Fonte: http://animacaosjc.com.br

2 comentários:

  1. A paz de Cristo. Olá Bruni
    Gostei muito do seu blog,o conteúdo é bem explícito .Bem vinda ao Catequistas Unidos,só não vi o selo,se quiser passe no meu blog para apanhá-lo.
    Que Deus a ilumine. Abraços,
    Gracinha

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  2. Bernadete H. Dall'Agnol24 de março de 2012 às 07:34

    Olá Bruni
    Muito bom seu blog.
    Me ajudou muito.
    Parabéns pela iniciativa!
    Que Deus continue te abençoando e iluminando!
    Bejos

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Oiii, Seja bem vindo, seu comentário para mim é muito importante.